Para chegar à ilha do Príncipe apanhei um voo de
cerca de meia hora. Há vários voos por dia e há também a possibilidade de ir de
barco embora seja uma opção muito mais demorada. Como já não tinha muitos dias disponíveis
optei por voar entre as ilhas o que me possibilitou ter cinco dias na ilha do Príncipe.
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Cidade de Santo António |
Uma vez aqui chegados a primeira
tarefa é encontrar alojamento. As opções não são muitas, podemos privilegiar o conforto
e optar por um resort em cima de uma praia, mas completamente deslocado da realidade
santomense; ou privilegiar o contacto com a cultura e escolher um alojamento
mais modesto na cidade de Santo António. No meu caso optei pela “Casa de Passagem
– Haja Vida” da dona Xiínha, um modesto hotel de 6 quartos e um pequeno restaurante
no andar de baixo.
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Casa de Passagem
– Haja Vida, da dona Xiínha |
Depois de instalado o segundo desafio é deslocar-nos
pela ilha para conhecermos as praias e os locais que mais nos apetecerem. A
única forma de nos deslocar-nos na Ilha é de "moto-táxi" o que
equivale a pagar a alguém para nos levar de mota para onde queremos ir.
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Praia das Burras |
Resolvidos estes dois temas, as tarefas seguintes resume-se
a escolher as praias onde queremos passar o nosso tempo. Há muitas praias por onde
escolher, eu gostei particularmente da praia Margarida uma pequena praia onde só
se chega a pé escondida por entre coqueiros e caroceiros.
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Praia Margarida |
Também as mais conhecidas
e acessíveis praia banana, praia macaco ou a praia das burras merecem a nossa
atenção e um bocadinho do nosso tempo. Todas estas praias de areias brancas e
águas quentes e límpidas são bordeadas de coqueiros e caroceiros que dão alguma
sombra para quando estamos cansados do sol.
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Ilhéu Bom-Bom |
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Praia Bom-Bom |
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Praia das Burras |
Mas na Ilha do Príncipe não há só praias, o
interior da Ilha também tem os seus encantos e os seus segredos. Uma grande
parte da Ilha é um parque natural que oferece, vários percursos pelo meio de
florestas tropicais salteadas com plantações de café ou de cacau e, aqui e ali,
algumas pequenas roças. Para fazer algum destes trilhos vai ser necessário ter
um guia e pagar uma taxa de entrada no parque. Para encontrar um guia oficial e
organizar todos os detalhes da caminhada o melhor é passar na sede do parque,
em Santo António, e tratar lá de todos estes temas.
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Pico Papagaio visto desde Santo António |
Eu consegui fazer dois pequenos percursos num dia, ambos muito interessantes e desafiantes. A subida ao pico papagaio apesar de um pouco difícil, recompensa
amplamente o nosso esforço com todos os sons das aves da floresta e com a magnífica
vista que temos no ponto mais alto da Ilha.
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A caminho do Pico Papagaio, o ponto mais alto da Ilha do Príncipe |
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Vista do Pico-Papagaio |
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Regressando do Pico-Papagaio |
Já a caminhada até à cascata Okê Pipi
acaba por nos brindar com uma magnífica cascata no meio dos mil tons de verde
destas florestas.
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Cascata Okê-Pipi |
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Roça Sundy |
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A caminho da Roça Sundy |