Deste Canto do Mundo: Patagónia - Parque Nacional Torres del Paine

Parque Nacional Torres del Paine

Como diz um verso de uma musica da Mariza "Há gente que fica na história da gente". É, sem qualquer sombra de dúvida, uma grande verdade, mas para além da gente também há paisagens e lugares que ficam profundamente gravados na nossa história, na nossa memória. É este o caso do Parque Nacional de Torres del Paine na patagónia Chilena. A intensidade dramática daquelas montanhas, lagos e rios de cores foscas e equilibradas ficaram bem gravados na minha memória, na minha história. E ainda bem, basta fechar os olhos para lá poder regressar.

Parque Nacional de Torres del Paine

Pela manhã saímos de autocarro de El Calafate, desta vez a viajem foi mais curta, apenas com uma rápida paragem na fronteira para carimbar os passaportes e dar entrada no Chile. Chegámos a Puerto Natales a meio da tarde. Uma tarde calma e sem ventos que aproveitámos para nos instalarmos e conhecer melhor esta pequena e pacata cidade Chilena, nas margens de um dos muitos fiordes existentes na região.

Praça central da cidade de Puerto Natales

Antigo molhe de Puerto Natales

À noite em Puerto Natales

Foi no hotel onde ficámos que conhecemos o "Sherif", o condutor da carrinha de nove lugares que, no dia seguinte após o pequeno-almoço, nos levou a conhecer alguns locais do Parque Nacional de Torres del Paine. Enquanto tomávamos o pequeno almoço reparámos num cartaz afixado na parede, que nos explicava o que fazer no caso de nos cruzarmos com um Puma. Dizia o cartaz "caso lhe surja um puma no caminho não fuja, levante os braços para parecer maior e grite para o tentar assustar"; mais a baixo aconselhava "caso seja atacado desfira golpes fortes na zona da cara do puma…". Acalentados com a ideia de podermos ver um puma (talvez não tão perto) fomos para a carrinha ansiosos por conhecer este local.

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Parque Nacional de Torres del Paine - Laguna Amarga

O Parque Nacional de Torres del Paine é, sobretudo, procurado por pessoas que gostam de caminhar. Existem vários percursos marcados que podem ter a duração de algumas horas ou de cerca de 8 dias em completa autonomia, depende da vontade e coragem de cada um. Não tivemos tempo para fazer caminhadas já que só tínhamos um dia para conhecer o máximo possível deste Parque. As paisagens carregadas de dramatismo e austeridade, impunham-se-nos e sucediam-se deixando-nos a terrível dificuldade de as descrever.