Um dos locais que queríamos mesmo visitar era
a Península de Valdés. Toda a vida selvagem que pode ser observada neste local
fez com que este local fosse um ponto mais que obrigatório na nossa viagem pela
Patagónia.
Para além dos leões-marinhos (que já tínhamos observado na viagem ao Perú), pinguins de Magalhães ou dos elefantes-marinhos, queríamos muito ver as baleias austrais e, a cima de tudo, tínhamos uma secreta esperança de poder ver ao vivo uma daquelas incríveis técnicas de caça das orcas em que elas se atiram para a praia para caçar pinguins.
Para além dos leões-marinhos (que já tínhamos observado na viagem ao Perú), pinguins de Magalhães ou dos elefantes-marinhos, queríamos muito ver as baleias austrais e, a cima de tudo, tínhamos uma secreta esperança de poder ver ao vivo uma daquelas incríveis técnicas de caça das orcas em que elas se atiram para a praia para caçar pinguins.
Depois de uma noite de autocarro (bus-cama)
chegamos a Puerto Madryn, a cidade mais próxima da península. No gabinete de
informação ao turista conhecemos um casal de viajantes com um plano de viagem muito parecido com o nosso embora incluíssem uma
visita à colónia de pinguins de Punta Tombo, uma das maiores colónias de pinguim de Magalhães do mundo. Depois de alguns minutos de conversa decidimos alugar
um carro em conjunto e passar alguns dias a viajar com este casal e dividir os
custos do aluguer do carro que, por aquelas paragens, é bastante caro.
Começámos por fazer uma visita a Punta
Tombo, cerca de 200 quilómetros a sul de Puerto Madryn. Em Punta Tombo pudemos
visitar uma enorme colónia de pinguim de Magalhães Spheniscus magellanicus com cerca de
quinhentos mil indivíduos. Por todo o lado encontramos estas aves com
diferentes idades e plumagens que, cientes que aquele é o seu território,
passam à nossa frente completamente imperturbáveis. Podemos também
encontrar por ali outras espécies de aves como os Ñandus Rhea americana (uma espécie de Ema
da América do Sul), a Gaivota cozinheira Larus domenicanus ou o petrel gigante Macronectes giganteus.
Também podemos observar, com alguma facilidade, outros animais como os
guanacos, os Cuis pequenos Microcavia australis ou os Peludos Chaetophractus
villosus. Com um pouco mais de sorte também se podem encontrar algumas
serpentes como a yarará ñata Bothrops ammodytoides ou a falsa yarará Xenodon
merremii.
Punta Tombo |
Pinguim de Magalhães Spheniscus magellanicus, adulto e cria. |
Cria de Pinguim de Magalhães Spheniscus magellanicus. |
Colónia de Pinguim de Magalhães |
Ñandu Rhea americana |
Petrel gigante Macronectes giganteus |
Gaivota cozinheira Larus domenicanus |
Guanaco Lama guanicoe |
Cui pequeno Microcavia australis |
Peludo Chaetophractus villosus |
Yarará ñata Bothrops ammodytoides |
Yarará Xenodon merremii |
Quando no dia seguinte, bem cedo, fomos até à Península de Valdés já sabíamos que estávamos fora da época em que é possível avistar as baleias da costa (de Junho a Novembro) e também sabíamos que era muito raro ver as orcas a caçar pinguins. No entanto, a beleza paisagística e os outros animais que ali podíamos observar, continuavam a justificar plenamente uma visita de um dia a este local.
Península de Valdés |
Há vários percursos que podem ser
percorridos de carro e que nos levam a pontos de interesse paisagístico ou a
pontos privilegiados para a observação de algumas espécies. Como as distâncias
entre os vários pontos são muito grandes, convém mesmo ter um carro à nossa
disposição. É muito fácil observar por aqui leões e elefantes-marinhos, as omnipresentes
martinetas Eudromias elegans, as maras Dolichotis patagonum (uma espécie de lebre patagónica) ou mesmo alguma raposa cinzenta
Lycalopex griséus.
Não foi desta vez que
conseguimos ver as baleias-austrais ou as orcas, mas haverá, seguramente,
outras oportunidades. Península de Valdés |
Leão marinho macho Otaria flavescens |
Elefante marinho Mirounga leonina |
Martineta Eudromias elegans |
Península de Valdés |